sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

RPG,RPG...já tá até enjoando!

Mais um post para fechar essa série de posts apenas disto. Um desenho (ficou grande demais para postar aqui, então veja-o AQUI), pra refrescar os olhos de tanto texto. Mais para frente conto o significado dele, e o que diabos é Servo Manteiga.

Agora, o último texto de rpg...do dia. xD

Darashia. O deserto. Onde até nas noites de inverno, o calor era um grande inimigo. Calor esse que já matou muitos minotauros, muitos humanos. Calor esse que fez muitas das criaturas que viviam caminhando pelos desertos, migrarem para tumbas e abrigos subterrâneos. Mas isso não era nada para os nômades. Até por que não podia ser, afinal a vida destes se baseava em mudar-se frequentemente, muitas vezes no deserto. A algumas milhas da cidade, no deserto, encontrava-se um acampamento de nômades. Era só mais um acampamento, com alguns nômades chatos e agressivos, a maioria das pessoas pensavam. E sabe, não fosse por um desses nômades, um só, eu juro, essas pessoas estariam certas. O nome do tal nômade era Digit Amisit. Não que isso realmente importe, já que só usaremos o apelido dele: Sem-dedos. Um apelido extremamente óbvio, creio eu. Os nômades daquele acampamento não eram lá muito criativos, eram mais objetivos, sabe? Bem, calculando que você seja ao menos um pouco inteligente, ou ao menos não seja um orc – o nível de leitura deles é péssimo!-, já deve ter entendido que este nômade perdeu seus dedos. Considerando também que os humanos -você é um, não é?- são criaturas extremamente curiosas, você deve estar se mordendo de curiosidade para saber como ele perdeu seus dedos. Não está? Bem, não importa, contarei a você mesmo assim. Ele os perdeu numa batalha com alguns dragões rosas, escamosos, esguios e gigantescos que teve que enfrentar ao escalar uma pedra e não perceber a presença deles lá, até ser atacado e escapar por um triz da mordida, perdendo dois dedos da mão, o seu dedo mínimo, e aquele outro…Como era mesmo o nome? Curioso, sempre me esqueço…Ah, sim, também perdeu seu dedo anelar, creio que esse seja o nome. É claro que a história desta batalha com os dragões tem milhares de detalhes a mais – alguns que Sem-dedos inventou, alias-, mas eu não teria tempo de contar todos aqui. O que importa é que ele saiu vivo. Mas o que faz esse nômade ser diferente? Além do fato dele ter dois dedos a menos, é claro. Bom, após algumas semanas de glória por ter trazido ao povo de seu acampamento carne fresca de dragões, Sem-dedos percebeu algo estranho. As crianças do acampamento estavam ficando bem doentes, tendo ataques de vomito, diarréia, entre outras coisas. A maioria não percebeu, mas Sem-dedos logo entendeu que aquilo era um efeito colateral da carne que ele havia trazido. Então era isso! Pelos Deuses, como foi emocionante para aquele nômade perceber que o mundo não se limitava as coisas que ele havia aprendido em seu acampamento! Sem-dedos, com medo de ser linchado ou coisa do gênero, não contou a ninguém sua descoberta. Naquela noite, tudo que ele fez foi escapar em silêncio do acampamento, levando consigo alguns bifes de dragão, e se isolar em uma caverna muito, muito longe dali, para examinar o veneno desta criatura. Ele começou assim. E continuou. De bifes de dragões até presas de aranhas gigantes, Sem-dedos examinou todos os venenos que se pode imaginar que existe naquele continente. Viveu muitos perigos, até aprender que só se é um nômade de verdade quando você aprende algo sobre cada lugar, cada lugarzinho mesmo, onde você passa.

Hoje Sem-Dedos pode ser encontrado em sua caverna, tomando um anti-veneno por dia, graças aos milhares de ataque que ele sofre para ficar cada vez mais experiente, ou escrevendo o seu manual de mais de três mil páginas sobre os venenos das criaturas tibianas.



S.M

4 comentários:

  1. Ô, Pedrão... Será que você está inaugurando o gênero ficção/verdade? Estará o Sem-Dedos se entupindo de antídotos em sua caverna de São Bernardo, após longa estadia no Deserto Central cheio de veneno por todos os lados??? Que mêda!

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  2. A ilustra está um arraso, Pedrão! Evoluiu muito, tanto no desenho, quanto na pintura.
    Deixa eu adivinhar... Os transeuntes se lambuzam de Servo Manteiga antes de pegar o atalho para a casa da Thaís. Já vi esse filme, só que a trilha sonora em vez de música medieval era tango.

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  3. Hahaha, pois é, confesso que ele acabou descobrindo que efeitos quer algumas drogas causam.
    Mas também, impossível não ficar doidão, o cara já começou a carreira descobrindo o LSD (laxante de sangue de dragão
    Ha, valeu, chegou perto na resposta a ilustra! (ou não)

    Pedro C.

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