quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Uma Tarde ( ou Noite ) na Terra do Céu de Marmelada


  Era um final de tarde. Ou talvez fosse o começo de um dia. Difícil saber. Naquela terra as coisas eram estranhas. O céu era alaranjado em algumas partes, e fortemente amarelo em outras. As nuvens mais pareciam um mar de  marmelada escorrendo por toda aquela vastidão, num tom rosa-choque estourado.  Um homem, de cabelos grisalhos não muito grandes, apenas o suficiente para esvoaçar um pouco com o vento que soprava da boca de alguns gigantes do ar que se localizavam próximos de seu jardins, estava fumando um cachimbo com certo ar de mafioso.  Em volta dele, vários dançarinos vestidos com roupas extravagantes faziam uma dança em sua homenagem. Eles se encontravam extremamente suados e cansados, em prol das roupas demasiadamente quentes, e das horas já dançadas naquele dia – ou naquela tarde, talvez naquela noite, quem sabe – mas faziam bem o trabalho de fingir que estavam alegres. A música que tocava ao fundo era muito estranha, e parecia vir de uma vitrola encontrada no oco tronco de uma árvore magistral. O disco devia estar riscado, pois produzia sons esquizofrênicos, que mais pareciam trilha sonora de um parque de diversões assombrado. O velho apreciava sua musa, que flutuava acima dele. Uma bela mulher, pálida como o interior de uma maçã, com os cabelos fazendo formas lúdicas ao ar. Ah, seus cabelos... Que cabelos! Se a beleza de uma mulher realmente se encontra em seu cabelo, então a jovem Lucy, como o velho a chamava, era a mais bela de todas as mulheres. Era impossível definir a cor daqueles fios. Ora estavam verdes, ora rosas, e às vezes formavam um degradê que ia do rosa mais chamativo até o azul mais calmo, passando por um amarelo suave. Enquanto dançava nos céus, Lucy eventualmente dava um ligeiro olhar de canto do olho para o velho, que nesses instantes congelava por fora, queimava por dentro e sentia um dragão subindo pelo seu corpo, num misto de excitação e angústia. Ele nunca estivera tão vivo, nem mesmo quando adolescente. Ela provocava tais sentimentos nele, que o faziam querer continuar a viver, talvez para sempre, apenas para apreciar a beleza de sua deusa. Oh, Lucy! Pensava o velho, enquanto tragava eu cachimbo, com os olhos marejados. Suas bochechas continuavam secas, pois não admitiria chorar em frente a uma dama, mas seus olhos azuis desgastados se poliam com as lágrimas que guardavam lá para ocasiões especiais, tal como a morte de sua esposa, há mais ou menos um ano. Lucy foi embora, dando um beijo em sua própria mão e soprando-o ao vento. O beijo tomou a forma de um suave canário, e foi voando pelos céus até que pousou na ponta do nariz do velho, explodindo em pequenos fogos de artifício, e fazendo o coração daquele homem esquentar. Ele, que era muito rico, pagou os dançarinos e os agradeceu, enquanto os mesmos se curvaram para indicar o final bem sucedido de uma apresentação longa. O velho foi-se embora para sua mansão, e se programou mentalmente para despertar na mesma hora amanhã, e ir apreciar a bela Lucy no mesmo horário. E foi isso que fez, pra sempre. Ou ao menos, até falecer.


Esse conto eu acabei de escrever, baseado em uma certa música. Eu imaginei tudo em forma de quadrinhos e em forma de ilustração na minha mente, então acho que compensa fazer uma versão de um dos dois jeitos depois. Provavelmente, em quadrinhos. Agradeço ao Tolkien pela inspiração, li as primeiras páginas de Silmarillion e já bateu a vontade de escrever, haha.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

501 Colvilhos






  Fala galera, tudo bom? Então, lembra quando eu fazia humor ainda? Pois é, bons tempos.
 Ou não, enfim. O que importa é que agora eu resolvi voltar ao ramo.
 Junto do grande colega Calvin (talentoso quadrinista/guitarrista/co-escritor de raps), fundei
 o blog " 501 Colvilhos " - um dia explicaremos o nome -, um blog de textos de humor, informação,
 cultura nerd, tiras, trollagem, podcasts, e o caramba as quatro.
 O blog tá fresquinho, estreiou hoje. Checa lá, o post de hoje é " como ser hipster mesmo sendo pobre".
 CLICA AQUI
 E, se não for pedir demais, segue a gente no twitter: http://twitter.com/colvilho
 e curta a página no facebook: Facebook

 Abraçón!

 Pedro C.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Adolescência Spin Off Página 001























 Começa aqui uma nova série, dentro da série já pronta, mas essa não é bem uma série, pois só tem 10 páginas, mas acaba sendo mais uma série que a série original, pois é uma sequência.

Sacou? xD
Brigadoritos pelas visitas e comments, galera!

Abraçón

Pedro C.

P.S.: Estarei postando sempre fotos e novidades da série
no meu tchuitcher, segue lá -- @pedro_cobiaco
Quando chegar a 250 seguidores ( daqui a 20 anos)
 eu sorteio o original da página acima e mais um outro : D

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Internet























 Valeuzão ao melhor amigo, sócio, e parceiro Jopa pelas dicas a respeito do que arrumar
 nessa tira, e em muitas outras. Somos meio que uma parceria Lennon/McCartney, só que
 com menos qualidade - Por enquanto. Te cuida Paul, te alcançamos um dia.
 Brigadon'tletmedown pelos comments e visitas kids!

Abraçón

Pedro C.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Hello, Goodbye






















 Ultima da coletânea "sópincel"
 Brigadeiro pelas visitas e comments!


 Abraçón

 Pedro C.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A Little Less Conversation























 Essa eu fiquei na dúvida se postava ou não.
 Me pareceu muito "Lição de Moral", e não
 sei se gostei disso.
 Mas blogs são formados por experimentos,
 e nem todo experimento dá certo, hehe.
 Essa também é da série "só no pincél,
 sem lápis", tem mais uma dessa ainda.
 Brigadamasco pelas visitas e comentários!

Abraçón,

 Pedro C.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Adolescência 2ª Temporada 006 - Lennon



















 John. Tu é foda.

 Brigadónkeykong pelos comentários e visitas, pessoal.

Pedro C.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Joan
























 Essa foi de uma sequência de tiras curiosa. Fiz as três direto no papel, sem idéia
pronta nem nada, só no pincel, sem lápis nem nada, sem música tocando nem nada
( esquisito, pois a música é uma constante no meu processo de trabalho).
Esses momentos de inspiração são muito classes, e bem esquisitos, haha.
Brigadão pelas visitas e comments.

Abraçón,

Pedro C.

p.s: Chamei de Mini Adolescência, pois tem a ver com a idéia,
mas com um formato bem menor ( tem menos de 10cm).

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

John Lennon

 A 31 anos atrás, arrancaram a vida de um homem que mudou muitas delas. John Lennon é meu Beatle favorito ( E Paul meu vocalista favorito).
 Sem desmerecer os outros, é claro. O cara criou algumas das melhores, ou melhor, VÁRIAS das melhores músicas de todos os tempos. Os Beatles são meus artistas favoritos. Não sei se já comentei.Quando falo artistas favoritos, não é como músicos só, não. É no geral. Em todos os sentidos, de todos os artistas que já conheci o trabalho, são meus favoritos. O que os caras fizeram no ramo deles não tem preço, não tem explicação. Foi uma revolução, do começo ao fim. De I saw Her Standing There até o The End.
Que carreira foda, puta que pariu. Fecharam com honra o que eles começaram com classe.
A Adolescência de domingo será especial e irá dedicada ao Mr. Lennon.

Aguardem.

Pedro

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Adolescência 2ª Temporada -- 005

´





















  Fala galera, tudo bom?
 Como o ícone da Adolescência ali ao lado no menu está dizendo,
 "Adolescência" agora é de Terça e Domingo.
 Ah, se você clicar no ícone, será redirecionado para uma página
 só com a série Adolescência.
 Queria agradecer a galera que vem divulgando o blog e elogiando,
 sem o público do blog, ele não seria nada obviamente, e as visitas
 tem subido muito. Muito massa ver esse tipo de coisa acontecendo : )
 Brigadón!

 Abraçón!

 Pedro C.

p.s.: Sigam lá no twitter, que tem sempre algo por lá. @pedro_cobiaco

domingo, 4 de dezembro de 2011

Doutor formado em Futebol Arte



















Doutor, boa sorte aí em cima.


 Abraço

 Seu fã.

p.s.: Eu e o Nunes estamos montando um post no Carambola pra homenagear o Doutor do futebol.
Estamos editando conforme a arte vai chegando. Dá uma olhada aqui, e manda sua arte, em homenagem
ao Magrão!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Adolescência 2ª Temporada 004






















  Dedico essa ao álbum Pet Sounds, que, depois de alguns albuns dos Beatles, é o que mais tenho ouvido ultimamente. Art Rock total, amigos.


Abraçón

Pedro C.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quase Nada

 Fique claro que eu amo o trampo deles e a tira inclusive inspirou em parte a série adolescência.
 : D Só retribuindo a trollagem que recebi no FIQ, haha


Abração

Pedro C.

Pausa pro café!

Drácula vai ao Bar

















 Ilustra pra compor um portfólio, que eu linkarei aqui em breve, assim que eu acabar
de montar.

Abraçón!

Pedro C.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Adolescência 2ª Temporada 003






















 Essa era pra ser a 002. Mas acabei postando só agora então é a 003, haha.
 A série tá andando, o blog tá voltando a ter uma frequência boa, e as visitas
 estão voltando a subir em consequência. Blog não tem segredo, basta manter uma
 frequência e trazer conteúdo bom, que dá certo.
 É isso aí!


Abraçón!


Pedro C.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bolhas e Selecta Press.

Logo da editora.




















 Fala galera. Não sei se cheguei a falar sobre isso aqui, mas o Bolhas além de ser meu primeiro lançamento,
 foi também um dos primeiros da editora independente que eu fundei com aquele velho foda que eu chamo de pai.
A editora se chama Selecta Press, e é focada em lançamentos independentes dos dois. Tudo que vendi
 pelo FIQ levou esse selinho ali em cima, inclusive os posteres, etc.
 Pois é a Selecta está aberta, criançada. Aguardem muito mais saindo por esse selo.


 p.s. :  O grande Delfin listou o Bolhas nos melhores do mês no Universo HQ do mês de Novembro! Fiquei feliz pra caramba!
 É a Selecta começando com tudo, haha

Abraçón!

Pedro C.

A Taste of Honey




Yours was the kiss
That awoke my heart.
There lingers still,
Though we're far apart,
That taste of honey
Tasting much sweeter
Than wine.

( The Beatles )








p.s: Estou arrumando o blog. Acompanhem a mutação, mas não se assustem com
os ícones gigantes aí ao lado, e com o resto. A idéia é mudar completamente o visual até o fim
de semana.

Abraçón.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Adolescência 2ª Temporada 002






















 Como prometido, vou estabelecendo novamente a regularidade nas postagens desse amado - ou não - blog.
 Na verdade, era pra ser o 003 do Adolescência nessa nova temporada, mas ainda estou pensando se uso ou não o 002. Acho que provavelmente publico ele na Sexta.

Abraçón!

Pedro C.

domingo, 27 de novembro de 2011

Adolescência - 2ª Temporada - 001






















 Oh meu Deus! Não, não é ilusão de ótica causada pelo excesso de tiras de meme que você andou lendo, realmente tem coisa nova no blog. Agora que já estou feliz da Silva por ter terminado o Bolhas, vendido tudo no FIQ - em breve disponibilizo  a hq inteira "digrátis" na internet - tenho paz de espírito para voltar a atualizar o meu velho cafofo internético, vulgo "isso aqui onde você está agora".
 Aproveitando o pique, volta a série Adolescência, que eu tava morrendo de vontade de retomar.
 As Refletiras e os Contos de Cordel também voltarão, aguarde!
 E em breve uma lojinha online. Ah, e vou vender uns posters que sobraram por aqui.
 Aguarde!

 Na mesma bat-hora, no mesmo bat-blog!
 (brincadeira, não tenho horário pra atualizar essa puerra.)


 Abraçón,

 Pedro C.

sábado, 8 de outubro de 2011

Poster

Amigos, esse aí em cima é um dos posters do Bolhas pra FIQ. Tem mais outros dois, que assim que eu acabar, boto aqui. Serão em formato A3, e ainda estou vendo o preço, provavelmente algo em torno de 10 reais. Achei que seria bom fazer um conteúdo adicional, pra não ficar só no zine, né. hehe. Enfim. Abrações! Pedro C.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bolhas



 Olá amigos e amigas que frequentam o blog. Primeiramente, peço perdão pela demora absurda que vem tendo entre uma postagem e outra. Mas vocês sabem que a causa é boa! Estive trabalhando no Bolhas, minha maior hq - ou melhor, sequência de hqs, são 4 no total, dentro de uma só edição - já produzida. Estarei lançando a mesma no FIQ, como mostra o Flyer acima. Quem estiver passando por lá dos dias 9 a 13 de Novembro:  não se esqueça de visitar o estande do Trapezistas de Estrada! Yeah, modafoquers, estamos vivos! Calvin boy, Jopita, Nuñes e eu atacaremos o evento, cada um com sua hq. Sim amigo, gaste seu dinheiro com essas lindas historietas, eu sei que você deseja faze-lo! Há, brincadeiras a parte, visite o nosso estande, troque fanzines com a gente, esse é o espirito.
 O avassalador Cobiaco Pai, vulgo Fábio Cobiaco, também estará por lá, afinal toda essa criançada não pode correr solta por um evento tão grande, precisamos de mais um cartunista maduro e responsável por lá, além de mim.
Ca-ham. Enfim, novamente, brincadeiras a parte, essa hq me deu muito trabalho - ainda está dando, essa semana estou escaneando e letreirando as páginas, devo terminar até segunda que vem - e espero que quem a leia possa entrar de cabeça no universo que tentei criar ali.
Um prazer voltar a publicar nesse maravilhoso espacinho.


Pedro C.


p.s: pra quem sente falta do blog do trapezas, vale a pena visitar o Projeto Carambola, que é bem massa e tem
uma proposta parecida. Inclusive Nunes e Calvin estão por lá.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A arte, a escola, a arte nas escolas.


Desenhar é o que eu mais amo. Eu não posso evitar, o desenho é minha alma gêmea. Não passamos um dia separados, não importa aonde eu esteja, não importa se eu estou usando uma caneta BIC ou um pincel Winsor e Newton número 2. Nunca importou. O que importa de fato é a paixão. Nada, tirando talvez ler, me deixa tão concentrado, tão feliz. Se eu tivesse que escolher entre viver o resto da vida sem braços e viver só mais cinco anos com o braço, escolheria os cinco anos. Não posso me imaginar fazendo outra coisa que não seja desenhar, independente da quantidade colossal de outras coisas a fazer no mundo. Não troco a minha prancheta por uma festa, uma balada, ou qualquer outra coisa do tipo. Pode parecer anti-social, e talvez até seja, mas se a vida nos dá a chance de fazer o que gostamos, por que trocar por algo que os outros gostariam que nós fizéssemos? Não que o prazer de desenhar tire meu prazer por outras coisas, como conversar, rir com meus amigos de piadas que provavelmente só nós entendemos, namorar alguém, nada tira a graça dessas coisas. Mas perto do desenho, ao menos todas as outras atividades do tipo hobbie ou profissão perdem a graça. Quando estou com dificuldades para entender algo em alguma matéria na escola, como a matemática – minha inimiga número um, com suas milhares de funções inúteis, no meio de tantas outras indispensáveis, é a maldita matéria é importante – ou a incrivelmente aprisionante matéria de desenho geométrico – para que colocar tantas regras numa coisa que deveria ser instintiva e prazerosa?-, nada além do desenho consegue me tirar um pouco desse mundo e me levar para o meu mundo interno. Viver o mundo dos meus personagens, criar seus complexos, mudar o rumo de suas vidas, deixa-los viver depois. Se quiser, pode me chamar de covarde por querer fugir um pouco desse mundo, mas é impossível agüentar tanto tempo dentro de uma realidade só, quando se pode criar outra. Cada tem seu jeito de ser feliz, ué. Por exemplo, todo dia eu pego um ônibus que poderia me deixar a 5 minutos de casa, mas desço duas paradas antes, apenas para poder caminhar 20 minutos, meia hora, até em casa. Deixar o vento bater na cara, pensar. Meus amigos não entendem. Mas não fico bravo, afinal, como eu disse, cada um tem seu jeito de descobrir as felicidades. Eu por exemplo, não consigo ser tão feliz na escola quanto desenhando, já outras pessoas dedicam sua vida aquele lugar. Quem está errado? Ninguém. A felicidade aparece em um lugar para cada um. Só consigo enxergar o sistema de ensino atual como um grande atraso para quem já tem certeza do que quer fazer, mas enquanto isso, quem ainda não se decidiu – não que sejam atrasados, com tantas possibilidades, difícil escolher quando se é bom em várias coisas como esses alunos – vê como a chance de abrir várias possibilidades. É pouquíssimo provável que um desenhista tenha que usar uma inequação de segundo grau, mas um matemático precisa mais disso do que qualquer um possa imaginar, afinal, foi por isso que nosso amigo Bhaskara criou sua fórmula a um bom tempo. A escola te atrasa em alguns sentidos, como quando te ensina matérias que provavelmente só serão pedidas uma vez na sua vida: em algum vestibular. O que na verdade pode ser classificado como hipocrisia, pois se o lema escolar é te preparar para a vida adulta, por que ter a chance de repetir de ano e prejudicar a sua maturidade com um assunto inútil dentro de uma matéria útil? Obviamente, a escola não é uma perda de tempo, nunca disse isso. No meio de algumas coisas inúteis, existem enchentes de coisas mais que úteis, principalmente nas matérias principais, Português, Matemática, História, Geografia, Ciências e Inglês.  Adoraria que o número de matérias importantes fosse maior, mas parece que ninguém informou ao sistema escolar que Arte também é história, é português, é inglês, é geometria, é matemática, é informática, é filosofia, e essa matéria é desvalorizadíssima. Afinal, por que a toda poderosa escola deveria criar seres dessa raça maldita, os artistas, não? Devemos preparar as pessoas para serem grandes profissionais, como executivos, advogados, médicos. Desde quando o mundo precisa de artistas? Quem diabos é Leonardo Da Vinci? Quem é esse tal de Will Eisner?  Deixa essa criançada relaxar na aula de artes, manda eles desenharem uma coisinha bonitinha aí, ou imprimirem da Wikipédia sem nem ler antes uma pesquisa sobre o Van Gogh.  Triste, não? Mas é um fato, pelo que presenciei até hoje. Alias, aparentemente, para as escolas  ( não incluo meus professores, alguns realmente tem prazer na arte) a equação é bem simples:
Artes = Desenho
 Beatles? Quem? Dança? Hun? Artes é desenho, ué. Simples, né? Juro, eu fico chateado com a falta de importância dada a arte nas escolas, publicas e particulares. Porra, vamos estimular as crianças, os jovens, a se expressar de um jeito diferente! Muitos artistas foram responsáveis por mudanças no mundo. A arte de se expressar é importante. Que tal dar temas mais abrangentes para criação de desenhos do que “Pinte a flor” ou “Copie o quadro mais famoso do artista famoso só que com grafite em uma folha sulfite”. Ninguém procura mostrar os quadros mais desconhecidos, os mais expressivos, só os mais famosos. Ninguém dá uma aula sobre música, ninguém bota uma música dos Beatles para os jovens ouvirem enquanto desenham. Mas enfim. Nada adianta eu ficar reclamando aqui também, no final das contas. Na verdade creio eu que quase ninguém, tirando os leitores regulares e mais alguns vão ler esse texto até o fim. E olha que nem falei tudo que eu queria, haha. Mas tudo bem. Eu precisava falar isso para alguém. No caso é você, que está aí lendo.
Alias, obrigado pela sua atenção, caro leitor que leu isso até o fim. Não precisa comentar o post, nem divulgar o blog, e muito menos concordar comigo. Mas se discordar, comente, que eu gosto bastante de ouvir opiniões também.

Abraços do autor desses textos estranhos com mil reviravoltas sem sentido.

Pedro C.

sábado, 6 de agosto de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bolhas

























  Hey ho! Venho aqui dessa vez para falar mais (pero no mutcho) sobre a "Bolhas".
 Bolhas é a hq que estou modelando aqui para a FIQ.
 Será minha primeira independente, então estou dando meu máximo aqui, e caprichando!
 Ela terá 48 págs, 3 capítulos e uma história bônus. Será em PB, capa em preto, branco e mais uma cor.
 A história está em andamento, estou nesse momento desenhando o primeiro capítulo. Calma, eu já tenho o segundo e o terceiro prontos, só estou seguindo uma ordem diferente de produção, hehe
 Tudo que posso adiantar é que até o fim de outubro ela estará em minhas mãos, se tudo der certo, para que eu a leve para a FIQ!, que ocorre de 9 a 13 de Novembro.
 Até lá amigos e amigas!

Pedro C.

P.s: Até lá posto algumas (poucas) páginas!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Super-Heróis



Confesso que os Super-Heróis não tem mais muito espaço na minha paixão pelos quadrinhos. Não gosto do fato de que as histórias são deveras repetitivas, e que não se experimenta algo novo na arte a anos. O grande lance do super-herói é que ele vende pela sua imagem, e não porque os roteiros são geniais ou a obra incrível. Fala sério, não que não existam bons roteiristas de super-heróis e os desenhistas são no geral super esforçados e muitos mandam muito bem, como o Ivan Reis, daqui mesmo, mas eu não consigo ver graça nisso. Inovações no traço ou idéias geralmente são xingadas até o talo pelos fãs nerds conservadores, que não aguentam ver o Conan com um fio de cabelo pintado de outra cor, ou o super homem sem franja. Esse tipo de público também não permite que as coisas evoluam muito bem.
Mas é claro, os super-heróis tem seu mérito. Muitos dos clássicos dos quadrinhos surgiram na pele dos super-heróis quando estes foram permitidos a serem renovados. O Frank Miller é um ótimo exemplo de que vale a pena tentar algo diferente com os heróis. Cavaleiro das Trevas, Batman Ano Um com o rei Mazzucheli ao seu lado, e o meu favorito de todos, Elektra Assassina, com o soberano Bill Sienkiewicz são obras primas dos quadrinhos. Por que não tentar algo diferente mais uma vez?
Mas enfim, não sou nenhum fodão pra ficar aqui julgando os erros e acertos do mercado de quadrinhos. Vou contar a minha experiência com heróis nos quadrinhos.
A memória mais antiga que tenho de eu me impressionando com alguma hq de super-herói é uma de quando eu era bem pequeno. Eu estava em uma pequena sessão de gibis da biblioteca de alguma cidade, se não me engano Itanhaém, quando achei um gibi do Batman cuja capa me impressionou muito. Tinha um cara monstruoso na capa, com uma puta cara de mau, então eu me obriguei a pegar aquilo para checar - Detalhe: desde criança, tenho uma paixão por vilões. Sempre achei os vilões mais legais que os mocinhos nas animações, nos quadrinhos, nos filmes e poraí vai. Tirando o Scar, do rei leão. Ele tinha um visual muito massa, mas eu odiava aquele leão filho da puta. -
Se não me falha a memória, o vilão era o Kane. Lembro vagamente, se minha memória não está me traindo, de que ele estava dando uma puta surra no Batman, mas uma surra milenar mesmo, e eu achei o máximo. Porra, pra quem só conhecia o pentelho perfeitinho do Super-Homem, que não sofria nenhum ferimentinho, e só era exposto a kriptonita de vez em quando, pra não reclamarem da apelação absurda que é aquele personagem, ver um herói tomando uma porrada foi algo épico.
Infelizmente, não conclui a edição, pois o papito teve que me levar embora para fazer algo importante, não me lembro o que, e o gibi nem estava a venda. Mas aquela história ficou marcada até hoje na minha cabeça. Comecei a gostar muito do Batman, assisti quase todos os filmes - incluindo, infelizmente, Batman Forévis, a humilhação more ao Batman - joguei o Batman de playstation one no velho playstation do meu tio ( nunca passava de uma certa fase do jogo em que ele - o Bátima - estava perto de uma piscina, mas mesmo assim era viciado) e brinquei trocentas vezes de batman,destaque para a batcama, que eu utilizava na falta de um batmóvel tamanho família. Álias, o batmóvel para mim sempre foi o carro mais legal de todos os tempos, especificamente este modelo que ilustra o começo do post. Mas com o tempo, minha paixão pelo personagem passou, e junto com meu amadurecimento, se tornou uma paixão por algumas obras em particular. Com obras eu incluo quadrinhos, filmes, etc. Furtei do meu pai algumas edições do Cavaleiro das Trevas do Frank Miller a alguns bons anos, e foi por aí que conheci o trabalho do cara. Como eu era meio que novo, não entendia tão bem a trama, mas depois de mil releituras, entendi. Batman Begins foi algo que eu curti muito também. E acreditem ou não, mas eu só assisti o segundo ( Batman - The Dark Knight ) antes de ontem. Achei muito massa. Destaque pra melhor atuação de um vilão nos filmes do Batman, com aquele Coringa genialmente interpretado pelo Heath Ledger



, com direito a tiques próprios e tudo. Meus pêsames pro cara, puta ator foda. Bom, enfim, pulando da DC pra Marvel. O segundo herói a me conquistar, e com mais enfase que o Batman, foi o Demolidor. Putz, o Demolidor é muito foda, cara. Vou resumir toda minha paixão pelo personagem em uma frase:
A primeira hq dele que li, foi "A queda de Murdock".
Pronto. Nem preciso explicar que a paixão foi instantânea. Pra quem achava legal ver os heróis se esfolarem antes de conseguir algo, ver uma história em que o cara se esfola mais do que fisicamente, se esfola por completo, foi genial. O filme me decepcionou muito - mal vi até o fim-, mas nada que tirasse a paixão pelo herói.
Além desses dois, só lembro de ter me interessado por mais um único herói: O Homem Aranha.
Peguei para ler minha primeiras hqs do aranha - Da série Strazinksyskdspms (esqueci o nome do cara) - Romita Jr.) Quando estava numa onda de humor. E justamente por isso eu gostei, afinal o homem-aranha sempre foi o bacanudo, aquele herói fuleiro que faz umas piadinhas sacanas antes de detonar todo mundo. A base do personagem é muito legal, o lance do nerd que vira herói, as piadinhas, o cara que só se fode na escola, mas no fim cata a mina mais gata da cidade é meio que fórmula certa de sucesso. Gostei bastante dos dois primeiros filmes, o terceiro eu nem lembro direito o que aconteceu, pois não vi no cinema, vi em casa morrendo de sono, então sei lá se foi bom, mas mesmo assim nunca nutri um super amor pelo personagem.
Desde criança, tirando os vilões, eu gostava dos protagonistas diferentes. Por exemplo, minha hq favorita durante um grande período da minha infância foi "O Segredo do Licorne - O tesouro de Rackham o Terrível " Um arco de duas edições do Tintim, um dos meus heróis de infância.
Adorava, ou melhor, até hoje adoro, o Bob Cuspe, e o Ozzy, os dois do Angeli.
Curtia (novamento, curto até hoje) as histórias chapadas e fodásticas do Laerte, e obviamente,
como todo ser humano que conheço, era fascinadissimo pelo Calvin. Rapaz, o que eu li Calvin e Haroldo na minha infância é assustador. Bill Waterson é mestre inegavelmente.
Curiosidade: Eu era uma criança não muito cuidadosa com gibis e outras coisas ( Meu pai que o diga, eu fudi a coleção de réplicas de dinossauros dele brincando com eles), mas segundo o meu pai, um livro do Calvin e Haroldo foi o primeiro exemplar que eu cuidei de verdade, guardava de volta na estante, e tudo. Alias, Calvin para ler aos domingos, o livro que inspirou metade das minhas brincadeiras de infância (após ler uma hq de umas 5 págs do Cosmonauta Spiff eu fiquei chapado de imaginação, haha) está até hoje intacto e bem cuidado. Na MINHA estante claro, pois
eu leio ele de vez em sempre, então não suportaria deixar ele com o dono original, o Cobiaco barbudo.
Bom enfim, como a maioria dos meus posts sobre certo tema, eu não consegui me focar direito no assunto principal, e acabei contando algum fato que não tem porra nenhuma a ver com o título do post, haha.
Bem, esse é o espírito, afinal aqui é um blog, e não uma coluna séria. Eu vou escrevendo o que der na telha, esperando que ao menos alguém goste.
Bão, (repare nas 3 variações existentes da palavra "Bem" utilizadas em três parágrafos seguidos) e issaÊ, tirei a poeira desse blog, já posso dormir sem ser atormentado pelo fantasma da internet.

Abracitos, caros leitores ( se algum de vocês ainda está aqui)!


Pedro C.

sábado, 18 de junho de 2011

Kamikaze



Essa foi a minha colaboração para a revista. Sobre a guerra interna travada com nossas próprias criações. 
Ou, se você quiser, sobre o Jason motoserrando a cabeça de alguém.
Segundo a própria descrição do autor, venho a vocês apresentar a "revista mais suicida da cidade".
A revista Kamikaze é do grande Matheus Aguiar, compadre do traço, tem um desenho expressivo pra caramba, e umas idéias geniais. Esse vai longe.
Para comprovar minhas palavras, segue o link para o site da revista Kamikaze, de design incrível e ótimo elenco.

Revista Kamikaze

Assustadoramente foda...


Pedro C.

domingo, 15 de maio de 2011

Flickr-

Pra quem quiser olhar, fiz um Flickr. Você pode acessar ele por aqui. Ou aqui. Ou ali.
Por enquanto só tem material já postado aqui, mas é por que estou criando um banco de dados . Mas bem em breve começo a postar material diferente, umas fotos do estúdio, pedaços de páginas.
É iss'aí.


Pedro C.

The Poser Fucking Awesome Rock Band -

Terça-Feira, no blog.

sábado, 14 de maio de 2011

Refletiras - Segunda Temporada

Elas voltaram.

Mestres que andam por aí - Mark Lanegan



Percebi que graças a produção da minha hq grande, o blog corre sério risco de abandono por tempo indeterminado. Mas para que isso não aconteça novamente, resolvi começar a postar o desenho de alguns ídolos e ídolas de vez em sempre aqui, para que esse amiguinho nosso, o blog, não caia em esquecimento. Começamos com Mark Lanegan. Se não conhece, é por que vai conhecer. Corra até o site mais próximo e ouça algo do cara, para tirar suas próprias conclusões.


Abraços,

Pedro C.

p.s: agradecimentos especiais ao Sr. Tio Daniel, por me apresentar esse camarada aí.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Rock não morreu! Eu acho.




Ouvi o novo disco do Foo Fighters. Álias, estou ouvindo ainda agora, hehe. Estes discos do Foo Fighters, as músicas do Jack White, os shows do Paul McCartney, são desfibriladores para o rock n roll, sabe? Faz a gente perceber que não como o Rock morrer, não por enquanto pelo menos. O rock tem muita história pra acabar tão de repente. Estive pensando: Como é possível matar algo que já está inserido dentro de tanta gente? Não dá, simplesmente. O trabalho daquele pessoal, Little Richard, Elvis, Chuck Berry - não vou citar todos os nomes que fizeram parte do início da mágica, tenho que sair do computador antes da meia noite- não foi em vão. Eles criaram algo mágico ali, cara, algo que ninguém nunca viu. Algo que passou pelas mãos de muita gente talentosa, muita gente inteligente, de Bob Dylan, Beatles e Jimi Hendrix, até Nirvana, Foo Fighters, White Stripes.
Não vai acabar tão fácil, por mais que muitas bandas e gravadoras tentem fuder com a imagem do rock n roll para se vender, ele é mais forte que isso. Nunca que um Restart ou um Cine, por mais que faça sucesso com garotas que compram a imagem falsa de um grupo, não um som de uma banda, irão apagar The Who ou The Doors da memória das pessoas. Bandas que começam mal e continuam piorando não irão fazer as pessoas esquecerem Beach Boys, Pink Floyd. E nunca que bandinhas ridículas com guitarristas que tocam para inflar o ego e pegar groupies - que tocam SÓ pra isso, afinal isso faz parte do processo, haha- irão destruir o legado dos Ramones.
Então, que essas bandas de... só Deus sabe o que essas criaturas tocam, não se auto-intitulem roqueiros por cima dos cadáveres e dos corpos vivos dos verdadeiros rockeiros. E que se apague também essa imagem ridícula de muitas pessoas - algumas gostam dessa imagem, outras tem preconceito- de que rock é sinonimo de drogas e sexo. Porra, cara. Claro que isso está envolvido, mas a grandiosidade do rock n' roll vai muuuito além desses itens. O rock mudou mentes, o rock não foi o criador das revoluções, mas foi o que muitas pessoas usaram como arma para se rebelar, exigir mudanças radicais, e sim, conseguir mudar algo. Rock n Roll é sentimento, é amor, é alma,é arte, é rebeldia, é contentamento, é paz, é guerra, é amor e é ódio. Rock n' Roll é, sempre foi, e sempre será, independente dos seus representantes atuais, DO CARALHO!
Ufa. é isso mesmo!

Pedro C.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Istáuórs

clique na imagem para ler melhor.

Perdão.

Fica, vai ter tira.



Consegui um photoshop, rara. Como prometido, aqui estão Adolescência 1 e 3 re-escaneados. Sim, essa palavra não existe, eu sei. Enfim... O desenho continua ruim igual, mas a resolução está jóia, hehehe

Abracitos





Pedro C.


P.S: Fiquem aí, que mais tarde tem tira.

domingo, 1 de maio de 2011

Adolescência 1ª Temporada 004



Comprei um W&N Series 7, e ainda não me acostumei, mas é foda. Com o tempo aprendo a usar.

Abracitos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Adolescência 1ª Temporada 002

                                                                      


































































clique na imagem para ler maior. sério. clica.

Mais uma vez, desculpem-me pelos modos do Paint.Net.
Ele não sabe como tratar uma imagem.


Pedro C.
 EDIT: Mil anos depois, eu tratei a imagem no ps. Antes tarde do que nunca, a imagem melhorada é essa aí.
Abraços

sábado, 23 de abril de 2011

Adolescência 001

                                                                          clique na imagem para ver melhor.

 Aí está. Como prometido, estreio aqui uma nova série, completamente experimentalista, somente para a internet, chamada Adolescência.
 Preciso falar sobre o que vai ser? hehe.
 Visando acabar com esse protótipo que a adolescência é só ouvir rock, demorar no banho, não ser entendido e se drogar, que a maioria das pessoas tem na cabeça, ou reforçar, sei lá, vou fazer essa série por um bom tempo, espero. Já tenho uns 4 quadrinhos dessa série prontos, e vou soltando eles enquanto produzo tantos outros, de modo que nunca faltará hq por aqui. É isso aí!
 Enjoy!


Abraços!


Pedro C.

P.S.: recomenda-se que não se tente entender tudo. Afinal, é a adolescência, quem é você pra entender, rara
P.S²: Depois re-posto com qualidade melhor. É que como formatei o pc, estou sem photoshop, tive que usar o maldito Paint.Net.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Parte 3 dessa maldita saga. Sem títulos estranhos dessa vez

 E aí. Desculpem a demora. Sacumé, né, pc tinha dado uns problemas, mas pruntinho, tá de volta, novinho
em folha. Vamos lá, acabar logo com isso, que já enjoei de falar de eu, eu mesmo, e o Pedro C.
 Parei na parte em que tinha entrado na Folhinha né? Bão... Olha, na verdade não tem tanto o que falar, então vai ficar curtinho, por que foi bastante emoção, mas em pouco tempo. Bom, começando.
 Eu, que já estava com a fome de publicação acalmada, resolvi começar o ano de 2010 pegando um pique legal. Tentei - por um certo tempo até consegui- manter uma postagem por dia no blog. Isso fez as visitas subirem, afinal, é o básico do sucesso em um blog, a frequência aliada a qualidade. A qualidade tava maômenos, mas dava para encarar, rere. E foi isso. As tiras mais frequentes me fizeram desenhar muito, todo dia, e buscar várias idéias e referências em vários cantos, o que fez meu estilo começar a aflorar um pouco, finalmente. Foi essa frequência, mais as referências frequentes surgindo na internet, graças ao trapezistas - que ainda terá um post gigante no futuro, rere- e as visitas ao Salão - estúdio que meu pai dividia com o Grampá e o Rafa- que começei a chamar a atenção.
 Tudo aconteceu muito rápido. O João M. saiu da Folhinha para fazer a charge, e me indicou a sua editora, a Gabriela Romeu, para ser seu possível sucessor - VALEU JOÃO! xD - . Ela analisou meu trabalho. Enquanto isso, a tv cultura me chamou para participar do Ao Ponto, e eu convidei meu pai para ir junto. Voltando a Folha, a Gabriela gostou do meu estilo. Mas nada estava decidido ainda. Ela me chamou para uma reunião com ela e o Fábio, e pediu também que levasse umas propostas de personagem para ela.
 De cara, eu pensei em 2 personagens. Um era um mini-gênio, meio que um Dexter. O outro era um mago.
 Me empenhei muito nas idéias e na arte das páginas teste desses dois.
 Precisava levar mais uma proposta. Não sei por que, mas na hora me lembrei de um garoto que eu tinha feito para ser personagem trecundário - nem secundário era- numa tira chamada "The Posers", sobre uma banda. Ele foi o personagem da banda a qual eu dei menos atenção, só tinha o visual pronto, um gordinho de franja. Resolvi fazer duas tiras dele, e mesmo sem botar fé nesse, caprichei o máximo que pude.
 Deu. Foi o que mais agradou a todos. Eu estava mais próximo do que nunca. Precisava agora fazer algumas tiras desse personagem, e fosse o que Deus quiser. Eu fiz, em SP, num fim de semana, e chegando em casa, a noite, mandei. No dia seguinte tinha aula, então lá fui eu. Naquele dia eu tinha aula de informática. Uma das ultimas da grade, acho. Não aguentei a curiosidade, e enquanto todos jogavam joguinhos online e alguns poucos faziam a lição no microsoft excel, acessei meu e-mail.
 Havia um e-mail da Gabriela. Antes de continuar, queria agradecer muito a Gabi, pela chance, pelo carinho, pelo tratamento, pela ajuda, e por tudo mais. Valeu Gabi!
 Abri. "Pedro, gostamos muito ...leiturarápidaleiturarápida... E está fechado, vamos publicar".
 YEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH
 Esmurrei a mesa, chamando a atenção de alguns, que não descobriram que era eu. Por dentro, estava me mijando de felicidade, estava suando felicidade pelos poros, a felicidade era tanta que crescia até sair pra fora do corpo, na forma de uma suave porrada na mesa.
 Era isso. Voltei para casa mais feliz do que nunca naquele dia, cantarolando Beatles, e ansioso para anunciar aos meus queridos familiares, via telefone, aquela coisa incrível.
 E foi assim, caros pimpolhos. O resto, vocês já sabem. Ou não. Se não sabem, que aprendam, por que eu já enjoei de escrever, rara
 Daqui pra frente, mais quadrinhos nesse blog! Aguardem, tenho projetos exclusivos pro blog!


 Pedro C.

sábado, 9 de abril de 2011

O Ratinho agora é comediante - Parte 2


Punk. Desenho meu, de Abril do ano passado. Tanta coisa mudou de lá pra cá...

Então. Onde paramos? Ah sim, na parte que resolvi seguir para o humor. Tudo que eu precisava para seguir tal caminho, para variar, estava sempre do meu lado. Meu pai tinha - hoje é meu, rara-  um acervo gigante, com todas as Chicletes com Banana, CIRCO, Piratas do Tietê, e tudo o mais daquela fase incrível dos quadrinhos por aqui. Com as influências principais, claro, sendo Glauco, Laerte e Angeli - Meus idolos desde dos 7 anos, rara) resolve navegar pelos mares do humor. Fui fazendo as experiências. No começo, piadas sempre óbvias, com um traço solto - leia-se ruim- e cheio de hachuras meio undergrounds.
 Depois, um traço mais econômico - leia-se ruim, mas limpo-, sem hachuras, com cores vivas, e com a ajuda do computador, além da aquarela.
 Com o tempo, fui treinando a aquarela, o traço, e as coisas foram ficando melhores.
 Uma curiosidade, é que no humor, foi estranho. Tudo aconteceu muito rápido pra mim. Muito. Resolvi criar um blog, e não demorou muito, comecei a juntar um pequeno público. A frequência era importante, acho que a quantidade superou a qualidade, e tive visitantes muito frequentes. O que era só minha família, foi virando amigos, desconhecidos, mestres. Mas teve uma época que eu não evoluia mais. Foi então que uns caras importantes apareceram.
  Meu pai estava dividindo o estúdio com dois camaradas dele em sampa, o Rafa (Rafael Coutinho, autor de Cachalote) e o outro Rafa (Rafael Grampá, autor de MESMO Delivery).
 A primeira vez que fui visitar ele lá no estúdio, fui apresentado a eles. Minhas influências estavam muito focadas no passado na época, cartuns antigos, e olha que a maioria dos autores desses cartuns ainda estavam na ativa.
  Então, não é de se assustar que não conhecia muito o trampo do Grampá, e nem conhecia o do Coutinho.
 Mas chegando lá, não demorou pra virar fã, super-fã, dos dois. Assim que subi a escada do estúdio, me deparei com alguns originais, de assustar. Era inacreditável. Numa parede só, páginas dos gêmeos, um original do Laerte, um quadro do Dahmer. E os dois mais importantes. Uma página de CACHALOTE, uma sequência na qual o playboy ia ao cinema, e um desenho do diabo, parte de uma página do MESMO delivery.
 Não fazia idéia de quem era aquilo, mas na hora, achei os dois desenhos do caralho, e já fiz uma anotação mental de perguntar pro  meu pai quem eram os desenhistas.
 Como era a minha primeira vez lá, estava timidaço - reza a lenda que a timidez é mal de cartunista- então mal falei com os dois mestres que sentavam nas salas ao lado, o Grampá mesmo só cumprimentei na hora que estava indo embora, no fim do dia.
 Mas eu já estava lá, e isso era tudo o que eu precisava. O tempo foi passando, e descobri que a página era do Coutinho, com quem comecei a bater uns papos regularmente, sobre música e afins. O cara tem uma visão foda do mundo, além de ser um quadrinista e um pintor excelente. Comecei também a conhecer o Grampá, que me ensinou muita coisa, em pouco tempo. Batemos papos sobre quadrinhos, ele me mostrava quase que regularmente umas bandas novas, e olha só, não teve uma que eu não achei foda, e ouço até hoje ( Da-lhe White Stripes, por exemplo), também chegou até a me passar alguns exercícios no meio disso tudo, que me ajudam até hoje.
 Estar ali, ver os caras trabalhando, conhecer seus materiais, suas influências, suas técnicas, foi o curso de quadrinhos que eu nunca tive, sabe? É claro, eu não parei de desenhar enquanto estava lá. Álias, cacete, como eu desenhei enquanto estava lá. De semana pra semana, meu estilo ia mudando bruscamente, sempre com avaliações dos mestres ( nos quais, obviamente, meu pai também figurava, ele também continuou me ajudando como sempre, lá), e sempre experimentando tudo que tinha direito ( estou falando de técnicas de desenho e materiais, viu.), eu continuei.
 Nesse período mágico, no qual conheci esses mestres que me formaram, algumas coisas aconteceram, que me fizeram ter uma vontade absurda, gigante, de me esforçar, e  mandar bala.
 A primeira, foi uma lição que meu pai ensinou, e demorou pra eu absorver, mas quando absorvi, tudo deu certo. Já falo mais disso.
 Certo dia, eu estava lá no estúdio, desenhando uma tira, que nunca foi publicada no blog, e uma página de um personagem que eu havia criado. A página era ESSA.
 Eu terminei a página pela manhã, meio inseguro dos resultados, mas enfim. Larguei em cima de uma mesa do estúdio do meu pai ( que era, antigamente, uma sala de estar da casa que eles oculpavam, então era passagem obrigatória pra cozinha, pro banheiro, etc.), e fui ler um pouco de quadrinhos.
 Toca a campainha do estúdio. O Coutinho atende. Continuo lendo. Era o Laerte. Porra. Não acredito. O Laerte. Meu idolo. Até hoje, meu maior ídolo. Putaqueopariu, não acredito, não acredito. Ele tava lá, discutindo uns assuntos pessoais importantes com o Coutinho, quando saiu do quarto, sei lá por que, e passou pelo estúdio do meu pai. Enquanto isso, eu estava afogado, vermelhíssimo, na poltrona. Aproveitei, e cumprimentei O cara. Meu pai ajudou na apresentação. SHOW! Eu conheci um ídolo. Espera. O que ele tá fazendo? Putz, aquilo ali que ele tá olhando na mesa é... MINHA PÁGINA! Acho que nunca na minha vida a expressão OH MY FUCKING GOD teve um cabimento melhor. Ele tava vendo a minha página. A minha! Na hora, veio um monte de coisa na cabeça. Vergonha, a página não era boa. Alegria, ele tava avaliando. Entre outras coisas. Ele virou pra mim, que no momento devia estar mole de bobo, e perguntou:
- Isso aqui é seu?
-S-si..É.
-Bem legal, hein? - Ele disse algo parecido, não lembro bem com que palavras-
 Avaliou mais um pouco, soltou um elogio, cumprimentou, foi legal, e saiu.
 Eu quase chorei. Era o dia mais feliz da minha vida, ou pelo menos naquele momento, era.
 Feliz, serelepe, produzi muito aquela semana. Aquele mês. AqueleS meseS.
 Outra coisa. Eu descobri o píncel. Era mais um dia sossegado no estúdio, já tinha visitado o lugar vários vezes na época. Eu fiz uns desenhos com pincél, os primeiros. Experimentei, experimentei, como sempre. Nada demais pra mim, achei até meio toscos demais, larguei, e fui ler um pouco antes de voltar.
 O Grampá passou lá, pra cozinha, para fazer um lanchinho, tomar café - a droga dos cartunistas-, sei lá, e viu. Saindo, de lá, me saldou - eu estava na sala do meu pai, ao lado.:
- É teu, isso aqui?
-É sim.
-Bah, bem classe ein! Teu traço melhorou uns 70% com pincél!
-Uou, valeu!
 Tava feito. Seria minha nova arma. Treinei, treinei, e no mesmo dia saiu isso AQUI. Hoje, não trocaria o pincél por nada. Nas palavras do Gramps, "O pincél é o coringa dos materiais de desenho". Fato. É mesmo.
 No mesmo dia, ele deu umas dicas. A principal foi, tem que variar o traço, não pode deixar muito grosso, muito fino. Ajudou muito.
 Daí veio a terceira coisa, que me ajudou muito. A dica do meu pai.
 Foi a seguinte:
 "Filho, não se preocupa tanto em publicar - eu estava louco pra sair na MAD na época, tinha conhecido o João M. pessoalmente, me inspirou a querer publicar-. Tu é novo. O importante, agora, é produzir, conhecer, se divertir. É só parar de azucrinar sua cabeça com essa fome louca de publicação, que tudo vai acontecer, na hora certa". Pura verdade. Parei de me preocupar com aquilo. O negócio era produzir, botar no blog, curtir. E rolou. Pouco tempo depois, graças a indicação do João,as dicas do Grampá, do Rafa, do meu pai, do Jo Fevereiro, que foi uma amigão de internet, e a um esforço meu, consegui. Eu estava na Folhinha.


 Me apuro mais nisso no próximo post. Álias, alguem teve coragem de ler um desses dois posts, até agora? Haha, temo o fato de estarem gigantes, e meio chatos. Enfim.
Abracitos,

continua.

Pedro

sexta-feira, 8 de abril de 2011

E tudo começou com um ratinho. Um ratinho ninja, de olhos grandes e que disparava energia.

        




O Lobo e a onça. Fábio Cobiaco.





Eu não queria ser desenhista quando pequeno.
 Não que não gostasse, o desenho era meu confessionário, minha amante. Até hoje é.
 É que eu gostava mais do futebol na época. Mas vou explicar como começou minha história com o quadrinho. Do jeito que eu lembro. Com o tempo, cito outras coisas, mas vamos lá.
 Eu sempre via meu pai desenhando, era contagiante. Quando não via também, mas acho que isso ajudou bastante. Meus cadernos iam sendo preenchidos aos montes, mesmo não tendo tanta importância na minha vida quanto o futebol na época.
 Mas aí, então, eu descobri o Mangá. Aquilo mudou tudo. Já via muitos animês na época - da-lhe Dragon Ball- mas o mangá foi o puxão de gatilho. Talvez por que eu dividia a paixão com vários dos melhores amigos, talvez porque era realmente fantástico, mas eu comecei a adorar aquilo.
 Copiava freneticamente mangás como dragon ball, Dr Slump, e mais pra frente, Naruto.
 Meus amigos ficavam impressionados com os desenhos - e olha que, desculpem o vocabulário, eram uma merda - e me incentivavam, e isso somado ao meu pai, que sempre deixou tudo disponível para que eu escolhesse o desenho como melhor amigo, me fez começar a sonhar com quadrinhos.
 Trocentos Gokus e Narutos depois, eu ainda não tinha percebido uma coisa. Mas aí veio o segundo gatilho, e se o primeiro foi de uma pistolinha de chumbo, esse foi de uma doze.
 Eu descobri, fuçando pelas prateleiras mais altas da estante do papito - ser alto vale a pena por isso - a hq que mudaria tudo. Eu descobri Akira. Akira é foda, vocês sabem disso. Até um pirralho que nem eu, sabia disso. Dias e dias apreciando a obra máxima do mestre máximo Otomo, e pentelhando meu pai com as minhas descobertas, eu percebi algo.
 Não bastava copiar. Eu precisava desenvolver. Acho que foi nesse ponto que o lance de fazer quadrinhos se tornou realmente sério pra mim. Não que eu fizesse só isso, me dividia, ainda, entre o video game e o futebol, mas os quadrinhos começaram a se tornar mais que um hobby. Como um ninja fumegante maldito que surge de trás de uma árvore mais fina que pente de velho nos desenhos animados, o desenho se revelou para mim, e deu um chute na bunda de algumas outras coisas.
 Otomo me fez perceber que só copiar Gokuzinhos (como isso soa mal...) não daria em nada, tava na hora de botar pra fuder. Os amigos da escola, involuntariamente, as vezes, te viciam em desenhar algo, num ciclo infinito de copiar-ser respeitado e adimirado por copiar- copiar de novo. Mas eu não ia deixar mais aquilo me atingir. Começei a fuçar todas as prateleiras - para desesperto do meu pai, já que eu não guardava nada direito, hehe - e copiar tudo que me parecia interessante.
 Em algumas semanas, meu traço já havia mudado estrondosamente. Mas como o terceiro gatilho viria para me mostrar, meu traço seguiu para o rumo errado.
 No que viria a se tornar o fim da minha fase mangá, eu li uma hq do meu maior mestre, até hoje. Fábio Cobiaco, vulgo "meu pai". A hq se chamava O Lobo e a Onça. Era incrível. E tinha tudo a ver com o que eu fazia. Explico já. A história é, nas palavras do meu pai: "um protesto contra a imbecilidade de se fazer MANGÁ no Brasil. Nada a ver com o gênero, eu amo os mangás."
 Claro, meu pai não era grosso, e nem pensou e me dizer isso na época. Mas eu não era tonto. Eu acho. Eu entendi a história, e não decepcionado, mas sim curioso, comecei a tentar entender tudo.
 Eu pesquisei sobre os mangakás que eu tanto admirava. E fui vendo sobre o ritmo dos caras, sobre o trabalho, os roteiros, e percebi que aquilo não era minha laia. Claro que não desisti imediatamente, mas fui, com o tempo, percebendo isso. Algumas conversas sobre mangás no Brasil com meu pai - minhas conversas com meus pais sempre foram as mais incríveis. Sou grato por ter pais fuedas. YEAH! - e mais o fato que tive que mudar de casa e de escola, e consequentemente, de hábitos, me fez vazar do mangá.
 Mas, ao invés de triste, estava animado, nunca fui de ser chorão, acho besteira.
 Estava pra começar, por volta do fim de 2008, início de 2009, banhado por muito chiclete e muita banana - não confudir com os músicos de má qualidade, estou falando do bom e velho Angeli- uma fase nova nos meus quadrinhos. O humor.



 Continua, pois tá grandinho já o post.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Rock n Roll, de geração pra geração

Essa era pra ter sido capa da Folhinha desse ultimo Sábado, cuja matéria de capa era "Pais que levam os filhos a shows de rock".
A capa acabou não tendo como ser usada, mas as ilustras da matéria, que também são minhas, foram, hehe
Fico devendo a postagem das ilustrações!
Abraços,

Pedro C.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O beat batente dos Beatles.

Faz uns dois ou três anos. Eu havia pegado uns bons megas de música do notebook do meu pai, pelo pendrive.
No meio de muita coisa que eu já ouvia faz um tempo, de Ramones a Almir Sater, havia uma pastinha lá, com o título "Beatles- Abbey Road".
Mais interessado pelo fato de que já havia escutado o maldito nome da banda umas mil vezes, do que pela música, dei os dos cliques.
Começou Come Together. Preciso dizer que pirei? Para quem nunca tinha escutado nada assim antes, tanto ritmo, tanto rock, tanto pop, tudo na mesma coisa, mais a sensação de "eles inventaram esse estilo, tenho certeza", era incrível.
Bastou chegar no "One thing I can tell you is you got to be free" da música, e eu já havia descoberto a banda que me acompanharia até o momento atual da minha vida.
Depois de ser acompanhado por vários octopuss gardens, across the universes, baby it's you, e Baby you can drive my car, posso afirmar com toda a certeza e razão que nunca vi uma banda que produzisse tanta coisa boa. Álias, nunca vi NINGUÉM que produziu/zisse tanto material incrível.
Os Beatles, hoje, são uma das minhas maiores influência.
Exato.
Por que só o soar da música desses caras, além de inspirar, te influência.
Da voz e das atitudes rebeldes de Lennon, até a voz melódica e sofrida de Paul, das batidas com ritmo divertido de Ringo até as melodias épicas e atitudes incríveis de George, tudo nos Beatles inspira.
Esse ano produzirei a minha primeira revista independente. E sem os Beatles, eu não conseguiria ter toda a inspiração que venho tendo.
Aguardem, amigos.
Em breve, espero supreender vocês, é a minha grande intenção. E quem sabe um dia, meu trabalho inspire alguém também.


Pedro C.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Take these sunken eyes and learn to see



Eai pessoal.
Essa semana foi bem apertada, senti na veia pela segunda vez -creio eu- o que é ser um cartunista de verdade, com prazos apertados, correria, e prazer ao trabalhar mesmo assim, hehe
Fiquem com a tira aí em cima, que como diz o nome, foi mais um experimento.
Enfim. Blogs, laboratórios. Tudo a mesma coisa.
Abraços,

Pedro C.

sábado, 26 de março de 2011

Mais Folhinha









Essa aí saiu a um tempinho também, hehe
É uma das minhas favoritas, daquelas poucas que a gente gosta mesmo um tempo depois de ter feito.
Abraços,


P.C.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ao amigo e colega de jornal, João Montanaro

 Adoraria direcionar este pequeno post a outro rumo de assunto, mas infelizmente, sabemos que não tem outro.
Sua charge da Tsunami, está sendo bem comentada recentemente, e não sei o que sr. está sentindo no momento, mas vou deixar claros os meus pensamentos.
 Numa carreira, desde o princípio, existem altos e baixos. Isso, mesmo com pouco tempo usufruindo da dita cuja, aprendi.
 Garanto que esta sua charge, fez parte dos pontos altos. Por um momento, ignore os comentários dos PORRiticamente corretos, e até mesmo o dos que te apoiam, afinal, não adianta só bloquear o que convém a nós.
 Vamos disseminar a obra, dissecar ela. A referência, óbvia aos olhos dos que não se preocupam apenas em criticar, e sim em estudar sobre o que estão criticando, é excelente. Uma obra, que viaja anos e anos desde sua execução, para chegar as mãos de uma nova-nova-nova geração de artista, que a repassa ao seu estilo, debatendo um assunto que convém a sua época, a sua ultima semana, para ser mais preciso.
 A execução, mesmo irônica, remete a tristeza sofrida pelos japoneses, sem nem mesmo ofende-los ou chacota-los em algum momento.
  Ou seja, a premissa é excelente.
 E foi bem executada, com uma arte que deixa obvio o que ocorreu, no que se baseou, e qual é a grande sacada;
 O problema, como sempre, não está o artista. E sim no que pensam sobre ele.
 Muitas idéias erradas surgem, algumas apoiando, tantas outras falando mal.
 A obra não é uma piada. Não tem tom de piada. Não tem PIADA.
 A obra, é uma charge. Uma coisa a parte nos quadrinhos. Não é tira. Não é hq. Não é PIADA. É charge.
E charge pode ser várias coisas.
 Existem várias ramificações dela.
 Ironia. Humor negro. Humor. Crítica. Apelo. Constatação de um jeito diferente. Entre outras.
  Você, caro João, foi inteligente.
 No momento em que viu o ocorrido, pensou não como um crítico, não como um cético, não como um doido, mas como um artista. O que você é.
 Lembrou de uma obra que remetia tudo o que estava acontecendo no momento.
 Incluiu modificações, adequando-a aos novos tempos.
 Fico de certa forma chateado. Nasci na era digital, onde as pessoas interagem com as maquinas, operam suas ferramentas sem botões ou suor, fazem tudo que precisam e não precisam onde quiserem, mas não nasci na época - que eu espero que chegue a existir - onde as pessoas não são pentelhas.
 Juro que procurei milhares de termos para entrar ali na frase acima, mas pentelhas resumiu bem.
Você repara, mesmo no feedback do leitor, que nenhum descendente, ou pessoa com parentes no Japão se sentiu ofendido com a charge. E olha que em momentos muito críticos, as pessoas se ofendem com pouco, faz parte do ser humano.
 Você percebe que só as pessoas pentelhas enchem o saco - trotrotrocadaalho- pelo acontecimento.
É a velha história do amigo chato.
Um cara chega, e te saúda:
-Eai, palhaço.
Você responde, "de boa", e saúda igualmente o companheiro.
Então, chega seu amiguinho chato, e tenta discutir com o cara que te chamou de palhaço, em busca de fingir comprar uma briga que nunca esteve a venda, por motivos óbvios. Você tenta falar que não liga, que é normal, hoje é assim, e você leva "na boa".
 Mas ele insiste. É chato. Quase consegue a briga. Mas ninguém liga pra opinião dele, e ele vaza.
Pronto. FIm. O cara, que nem tinha nada a ver com o assunto, sai com o nível de chatice elevado. Mais nada muda.
 É isso aí. Espero que entenda a mensagem João. O humorista sempre vai ser alvo de tiros cruéis, vindos das mesmas pessoas, mas no final das contas, continuará atingindo mais e mais pessoas, mas não com balas de chatice, e sim com senso de humor. Com raras exceções.
 Mas é como dizia o Millor. Não se preocupem, pois humorista não atira para matar.
Abraços,


do amigo Pedro.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ipad pode -


Eai pessoal.
Vou ser bem direto. Tive que fazer um post sobre isso.
Vou começar do princípio, como dizem os sábios:
Muito bem. Estou com um Ipad em casa. Infelizmente, não por muito tempo. Explico. A editora Abril, onde a minha mãe trabalha, deixou um Ipad disponível para alguns funcionários avaliarem e terem idéias de como ele poderia ajudar o sistema de ensino. Então ficamos até segunda com ele, para a minha mãe avaliar.
 Óbviamente, sacana do jeito que somos, eu e minha irmã estamos usufruindo do aparelho o tempo todo, e minha mãe quase não vê o belo símbolo da maçãzinha preta estampado nas costas dele.
 Abre parenteses: Quando eu digo o tempo todo...É o tempo todo MESMO, vocês não tem noção de quanto tempo a bateria disso dura. Após umas 4h de uso sem interromper, tudo o que consegui foi fazer a barrinha de bateria - que só diminuiu 25% - rir. Fechando parenteses...
 Seguinte. Como eu disse no meu twitter, assim que comecei a explorar o Ipad, os aplicativos, as revistas feitas exclusivamente para a plataforma, eu pirei. Senti o futuro lá, nas minhas mãos de pedreiro cartunista, de pirralho.
 Senti que estava vivenciando uma grande revolução em quesitos de entretenimento e informação.
 Hum..Será que a Apple não quer usar essa frase de slogan? Não, deixa para lá, teria que ter uma piadinha pra eles usarem.
Então.
 Eu estava lendo uma edição da revista Wired pra Ipad. Tinha uma matéria do Ironman, e você podia interagir com a armadura dele, rotacionar 360 graus. Tinha também uma matéria - de longe uma das que mais gostei das revistas que li no pc de mão da Apple- sobre o processo de criação de uma música. Daí cada passo tinha um botão de imagem, onde você dava um toque com o dedo - Espera, espera, espera! Achei uma brecha pra falar disso! Touchscreen. Sei que nem é mais novidade, mas acho isso tão fantástico.. Quando eu era criança, ia no banco com meu avô, e só tinha um caixa lá que era touchscreen, Rapaz, eu ficava dedilhando aquele treco até ficar com calo, achava a coisa mais fodastica do mundo. Eis que hoje, apenas uns  7-8 anos depois, meu celular tem essa função. Enfim, era só o que eu queria dizer. '-' - Voltando a matéria: Além dos botões de imagem, onde ao pressiona-los você veria uma fotografia sobre aquela tal parte do processo, tinha o botão de som, onde você relava o dedo no negócio, e ele começava a tocar os sons que fizeram parte do processo. Ex: Parte um: Um solo de guitarra, papápá, daí na 3 mostrava os vocais, até que chegou na ultima e mostrava a música pronta, polidinha.
 Genial!
Também tinha uma outra matéria, de outra revista, sobre um seriado, e você recostava a ponta do seu dedinho indicador sobre uma imagem, ou girava o Ipad, e TCHANS, rolava o trailer do seriado, ali mermo.
Tive várias outras experiências, e muitas com joguinhos, mas para aprofundamento em joguinhos do Ipad, recomendo o blog do Izzy Nobre. Cliquem AQUI e se mijem lendo.
 Bom. Para resumir e dar um fim aqui, um resumo do que pensei usando o Ipad:
 A uns 20 anos, ou mais, ou menos, sei lá, tu ia na banca, comprava aquela revista GENERAL, via um comentário sobre um disco do Sepultura, e ficava doidão para escutar. Daí você pegava seu dinheirinho, ia numa loja, e comprava o disco, e chegando em casa ouvia.
 A pouco tempo atrás, e ainda se faz isso, óbvio, você vê um post num site de um cara sobre a nova música do Artic Monkeys, fica doidão pra ouvir o treco, e faz donwload, ou ouve numa rádio online, sei lá.
 Já no Ipad, o futuro, você está lendo uma revista ONLINE, EM QUALQUER LUGAR, e no artigo, fala de uma música do Foo Fighters lá. Daí, do lado do artigo, tem um botão play. E diretamente NA REVISTA, VOCÊ OUVE A MÚSICA! Genial!
 Como tudo isso pode ser usado a favor dos quadrinhos? Porra, tem milhares de jeitos. Mas isso é assunto pra outro post.
  Fico devendo!

Ciao


Pedro C.